
Normandia, 1819. Jeanne é uma jovem inocente e cheia de sonhos infantis que acaba de voltar para casa depois de terminar seus estudos em um convento. No retorno a sua antiga vida, ela cumpre os planos determinados por sua família de se casar com Julien de Lamare, um visconde local que logo se revela mesquinho e infiel. Pouco a pouco, as ilusões de Jeanne vão se desfazendo. Essa é a história de A Vida de Uma Mulher {Une Vie}.

Que belo filme! Belo e triste. De uma moça, filha única, cheia de vida, Jeanne vai secando sua alegria diante dos nossos olhos. Somos seus cúmplices. Com o casamento ela descobre o amor, o sexo, a traição, as mentiras. A maternidade traz esperança. Nem tudo é o como se espera.
Dirigido por Stéphane Brizé {de Mademoiselle Chambon e Uma Primavera com Minha Mãe}, o longa é uma adaptação do primeiro livro do escritor francês Guy de Maupassant. E assim é conduzido: como um livro que vai se desfolhando para nós, cada rajada de vento e gota de chuva modificam Jeanne. Que é uma mulher ficcional do século XIX. Que poderia ser qualquer uma de nós.
Bem dirigido, bom roteiro, e interpretado com beleza e competência, A Vida de Uma Mulher participou dos Festivais de Veneza e Toronto 2016. Merece ser contemplado.

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Até a próxima,